Senti meu corpo gelar e meu joelhos se estremecerem, que mundo era esse que não se tinha justiça? Eu queria ver aquele filho da puta morto, queria ver o sangue dele no chão! Eu não era Deus, não podia tirar a vida de ninguém, mas ele também não era e ele tirou 2 vidas de uma só vez, eu queria justiça, não vingança apenas a justiça e ela seria feita pelas minhas mãos, como diziam antigamente pela honra de um nome e no caso era a honra do meu e do da Alice que morreu inocente.

Larguei o sapato no chão e comecei a correr no seu sentido, eu não sabia o que fazer, mas meu coração pulsava como se fosse explodir, era odio, odio e magoa a culpa era dele, apenas dele. Pelo caminho havia algumas garrafas jogadas peguei uma e continuei a ir na direção dele, eu sabia o que queria, aquilo não merecia a dor que a mãe sentiu ao o colocar no mundo, ele se virou de costas, mas eu ainda podia o ver conversando com algumas pessoas que eu não conseguia identificar, mas era melhor assim morrera sem sentir, sem poder se defender, gozado como nunca me imaginei fazendo isso. Estava a metros dele e percebi o olhar de alguns caras que estavam a sua frente sem dó ou piedade com uma lagrima escorrendo desci a garrafa que segurava em sua cabeça, ele levou a mão a cabeça ainda de costas para mim antes que pudesse se virar o chutei e comecei a lhe dar socos, sentia meu rosto queimar pelas lagrimas os garotos que estavam ali correram para me segurar e eu me debatia no ar, quando ele se virou com o rosto com sangue escorrendo da cabeça, boca e nariz e a face um pouco inchada eu percebi o que havia feito. Não era ele. Não era o Tyler.

-Garota, você é louca? -Um moreno me colocou no chão eu tentei me aproximar do rapaz machucado, mas ele andava para tras assustado-Você é descontrolada! Sai de perto de mim

-Desculpa eu...eu te

-Você é louca. -ele gritava em quanto eu tentava me aproximar, eu acabava de machucar um inocente, ele não tinha culpa, ele não era o culpado.

-Eu te confundi, eu...

-Me confundiu?! -Ele riu estérico- Não me diga! -Ele sentou se encostado no poste, eu cheguei perto e me abaixei na tentativa de me desculpar.

 -Eu sou [Seunome]...

-Quer que eu te dou um beijo e agradeço pela surra agora ou depois? Não me interessa a porra que você...-Fomos interrompidos por sirenes de policia, não me incomodei com a policia talvez estivessem ali por algum roubo. Era o que eu achava até que olhei para trás e estavam todos apontando para mim, um policial gordo me levantou do chão e algemou minhas mãos me guiando a viatura

-Mas eu posso explicar...

-Você vai explicar na delegacia.

Cheguei na delegacia péssima, estava me sentindo humilhada era como se eu pudesse ver Justin com vergonha de mim, eu sentia nojo de mim, passei a noite ali olhando para as grades da cela, pela manhã um policia disse que havia alguém que queria falar comigo, me levou até uma sala Tracy estava desesperada andando de um lado ao outro.

-Você é louca? -Foi a primeira coisa que ela grito quando eu entrei na sala e ficamos sozinha.- Eu achei que chegaria no apê e te encontraria e sabe o que me disseram quando eu cheguei lá? Sua companheira de quarto ta presa, ele agrediu o Igor!

-Eu posso explicar ...

-Verdade? Nossa...eu quero a transferência de quarto você é descompensada !

-E você veio aqui só  pra isso? Se for pode ir embora. -Dei as costas e fui abrir a maçaneta quando ele continuou a falar

-Não, não vim pra isso.

-Então veio pra que?

-Pra saber se você quer alguma coisa, comida não sei....

-Não vão me tirar daqui?

-Eu não sei..-Fomos interrompida por um policial que anunciou que o tempo da visita estava esgotado- A gente se vê -Fui tirada da sala para voltar a cela, gelada e nada confortável.

-Quando vão me tirar daqui?

-O delegado vai falar com você ainda hoje.

-Como assim ainda hoje? -Ele se afastou me deixando apenas com meus pensamentos.

Duas horas depois eu emfim tinha cochilado, fui acordada no susto com policial batendo na grade da cela 

-Delegado vai falar com você agora.-Fui levada até o tal delegado, melhor uma delegada, loira de olhos verdes como rubis.

-Boa noite! -Ela bateu alguns papeis na mesa os arrumando colocou para o lado e cruzou os braços me encarando - Estive olhando sua fixa, você é estudante.

-Sou..

-Seus documentos estão legalizados?

-Sim

-Tenho que dar uma olhada, nisso também.

-Quando vão me tirar daqui? 

-A fiança é de 10 mil dólares, você é acusada de agressão  

-Foi uma grande confusão e..

-Mas você agrediu um inocente.-Não tinha o que discutir  depois de uma longa conversa com interrogatório voltei para cela, quem diria de boneca a criminosa.

Não fazia a menor ideia de que horas era, mas eu estava dolorida por dormir sentada naquele chão nojento gelado, queria minha cama, minha casa.

-Você esta livre garota. -Um policial jovem com uns 20 e poucos anos abriu a cela para mim, levantei sem ao menos pensar, não via a hora de ir embora.

-Obrigada. -Ele algemou minhas mãos- Porque ainda preciso disso?-Ele nada respondeu, fui levada para a sala da delegada, já era a tarde do outro dia, eu estava naquele lugar a mais de 1 dia.

- Oi [SeuNome]. -Era Nick o advogado particular do papai - Já assinei tudo que precisava, já podemos ir. -Ele vou levado para fora, tiraram minhas algemas eu assinei alguns papeis e fui de encontro a ele.

-Nem acredito que vieram me tirar daqui!

-Seu pai me mandou resolver isso. -Ele colocou a caneta no bolso do terno- Espero que não pretenda voltar para Inglaterra ou algum pais da Europa tão cedo...

-Como assim? -Disse sem entender nada,o que ele queria dizer?

-Eu tenho meus esquemas, no minimo você sairia daqui e ficaria presa na sua cidade, mas a unica coisa que vai precisar é ficar alguns bons 4 anos sem pisar nesse pais ou qualquer outro próximo dele.-Me contive para não pular e sair gritando, aquele inferno tinha acabado ou pelo menos parte dele, eu jamais colocaria meus pés ali novamente.

19h eu estava embarcando rumo a minha possível felicidade, em geral olharia pela janela e diria Adeus a cidade, mas não desta vez, dali nem a poeira eu queria levar, por mim seria sempre conhecida como terra amaldiçoada.

6h e 40 minutos depois eu estava pisando onde eu jamais deveria ter tirado meus pés e não tiraria mais, era uma promessa, promessa para mim mesma.

"Sem dramas será que vocês sabem dançar no fogo? risos. E respirar na fumaça? "

Cheguei em casa e mal acreditava que estava de volta, já era madrugada papai nem se deu o trabalho de me receber, Christina estava a minha espera com Madison que já estava mais gordinha que o normal.

-Oi gente -Coloquei minhas malas no chão, Christina me abraçou

-É bom te ter de volta

-É bom estar de volta -Sorri amarelo- Madison? -Me aproximei dela- Como vai você e o bebe? 

-Me enjoando e engordando porque? -Tive de sorrir, aquela era minha irmã marrenta como sempre

-Eu vou subir tomar um banho, estou cansada de mais. -Peguei as malas mais leves e subi, tomei um longo banho e resolvi dormir o outro dia seria um longo dia. Tinha que avisar ao Justin que estava de volta, tinha que saber como estava tudo. O que ele acharia da minha volta?