Let Music Movie Us- Capitulo 12 - Segunda Temporada

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Maressa Camargo

Se a cabeça dizia "não" meu coração dizia "sim, sim ,sim" mas meu corpo e meus movimentos fizeram algo que nem eu mesma esperava de mim. Bieber estava me encarando esperando minha resposta eu o olhava nos olhos

-E então -Disse ele. Eu o puxei para perto de mim e o beijei ele segurou meus ombros ao em vez de retribuir o beijo ele me olhou assustado - Porque você fez isso?

-D-descul...desculpa ...eu, eu...-Eu estava morta de vergonha e ele apenas me encarava assustado, porque eu sempre estragava tudo? Era tão simples eu ter respondido um 'sim' mas não eu sempre estrago tudo, sempre.Me desvencilhei das mãos dele que me seguravam e sai andando, não tinha mais nada a dizer a reação que ele havia tido era tudo, era tudo que eu tinha que saber.Não existia mais nós, nunca existiu e nunca iria existir, para ele eramos amigos e nada mais.

-Espera [Seu nome] -Ele segurou meu braço- Onde você pensa que vai?

-Para casa. -Eu não queria demonstrar nada como não demonstrei, naquele exato momento eu estava oca, sem amor, sem alegria e sem tristeza, simplesmente estava ali.

-Você entendeu errado, boneca...

-Desculpa ter estragado tudo, eu sempre entendo errado eu sempre faço tudo errado

-Eu que fiz errado dessa vez. -Antes que eu pudesse ter um pensamento qualquer para um resposta ele me surpreendeu me dando um beijo, lento e intenso.As luzes que iluminavam o local parecia estar iluminando somente a nós a unica coisa que faltava, eram os músicos, músicos tocando em uma orquestra mas era substituído pelos pássaros que passavam por nós e cantavam , mas não era noite? Eu estava completamente perdida e só tinha certeza de uma coisa, sempre teríamos um ao outro nem que o sempre não fosse o para sempre, o para sempre inexistente ou o inacreditável.

-Não se culpe pela minha burrice -Ele passou a mão em meu rosto - Vamos para casa....

Justin me deixou em casa, eu estava meia em êxtase, sem saber se era realidade, delírio ou sonho.

-Você pode atender essa porcaria que você chama de celular?! -Virei na cama e bati o olho no relógio "07h16" porque a Madison estava gritando, ou melhor o que meu celular estaria tocando a essas horas?

Sentei na cama, me localizei, o celular já havia parado de tocar o segurei e li "uma ligação perdida Justin" o que ele poderia querer aquela hora da manhã? Seja lá o que fosse era melhor eu ligar, disquei seu numero e aguardei que tocasse e ele atender.

-Justin, você me ligou...aconteceu -Ele não me deixou terminar

-Eu preciso de você! Agora...

-O que houve? -Eu não sabia se eu havia entendido certo, mas se tinha ele precisava de mim.Precisava.Ele ficou em um silencio angustiante - Justin, O que aconteceu?

-Eu...Eu -Ouvi algumas pessoas falando junto a ele, não conseguia reconhecer o que eram os barulhos

-Por favor senhor, me acompanhe -Uma moça falava ao lado de Bieber, eu a ouvia do outro lado da linha

-Justin, o que esta acontecendo? -Eu estava em pé, tentando adivinhar alguma coisa.Impossivel!

-Conhece o Hospital Victoria Macy ?

-Sim...eu conhe..

-Vem para cá agora, eu preciso de alguém aqui. Eu preciso de você.

-Mas Jus..-E a ligação caiu.

Porque dele estar em um hospital? O que havia acontecido com ele? Seja lá o que fosse, era realmente importante.Coloquei uma roupa que me permitia não sentir frio nem calor, uma sapatilha confortável.Desci para cozinha e preparei uma bolsa com lanches, provavelmente ele estava sem comer e estava com fome deixei um recado em cima da mesa "Qualquer coisa me liga, estou com o Justin" e sai.

O hospital era muito mais longe do que eu imaginava, era perto da nova casa do Justin eu não tinha levado dinheiro para o táxi, só ônibus.Parei em um ponto e depois de 20 minutos de espera um passou, dei sinal

-Esse passa em frente ao Victoria Macy? O hospital? -Perguntei ao motorista que me respondeu sem ao menos me olhar

-Para um quarterão antes

-Tem outro ônibus que passe por aqui e pare..-Foi quando ele desviou o olhar para mim, um pouco irritado aparentemente.

-Olha moça, são oito e meia da manhã -Ele olhou o relógio de pulso- Tem gente aqui querendo ir trabalhar então se você quer ir para algum lugar, decida-se logo. -Eu não tinha outra escolha, tinha que ir nesse ou não chegaria logo até o Justin. Ele precisava de mim.

-Obrigada -Entrei no ônibus que estava bem cheio e passei a catraca, apos um longo tempo andando uma senhora avisou

-Você tem de descer no próximo ponto se quer ir ao hospital macy.

-Ah, muito obrigada. -Dei sinal e logo cheguei ao outro ponto.Desci ali e foram mais 10 minutos de uma caminhada rápida, cheguei na entrada do pronto socorro quase precisando de atendimento, liguei para o Justin para saber onde ele estava, peguei o elevador e subi ao 4º andar.

Era um corredor cumprido e muito gelado, cheio de cadeira azuis encostadas nas paredes brancas intercaladas com portas azuis fechadas, enfermeiros e enfermeiras passavam por mim a todo instante, olhei no final do corredor e uma pessoa conversava com um medico, era o Justin com cabelo bagunçado e aparentemente tinha vestido a primeira roupa que encontrara no armário, caminhei até ele.

-...estamos fazendo possivel,mas o caso dela não tem muito a se fazer qualquer novidade lhe aviso. -O medico caminhou até a porta 14 e entrou Bieber se virou e deu de cara comigo, ele estava meio palido, me abraçou.

-Obrigada por vir. -Ele me afastou dele para que pudesse me olhar- Me desculpa te acordar...

-Não tem nada Justin. -Me sentei fazendo com que ele fizesse o mesmo- Trouxe algumas coisas para você comer...acho que você não fez isso ainda.-Ele sorriu fraco, eu levemente ajeitei o cabelo dele para o lado e para trás.

-Não fiz.Você pensa mesmo em tudo. -Ele abriu a bolsinha e pegou o sanduíche.

-O que aconteceu?-Ele ia levando o sanduíche a boca pela terceira vez, mas parou e me olhou com uma dor imensa que seus olhos deixavam transparecer.

-Karen passou mal hoje de madrugada. -Ele mordeu o lanche olhando fixamente o chão - Ela não me acordou, levantei hoje de manhã para ir no banheiro e a encontrei desmaiada lá.

-Ai meu Deus....eu..eu sinto muito..eu...mas como ela esta? -Ele olhou para mim meio que sorrindo conformado.

-Não sinta.

-Como?

-Você sabe. Isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde, eu só não esperava que seria agora.

-Mas ela já...ela já esta -As palavras não queriam sair, percebi que algumas lagrimas escorriam no rosto dele

-Morta? -Ele me olhou- Não, ainda não. É questão de tempo.

-Eu lamento.-Percebi que chorava e como instantâneo o abracei forte, eu estava perto da morte mais uma vez sentindo o cheiro dela novamente, porque? Porque pessoas boas tinham que dizer adeus?

Passamos um longo tempo ali, abraçados.

-Não tenho como agradecer por ter vindo, eu sei que não é um bom momento..

-E eu por ter me chamado.

-Porque? Gosta de hospitais?-Olhei em volta e abracei meus braços

-Na verdade não. Mas se me chamou é porque gosta de me ter por perto.

-Você ainda tinha duvidas?-Ele perguntou me encarando.

-Senhor é o acompanhante da senhora Karen? -Nos levantamos juntos para ver o que o medico tinha a dizer.

-Sim. -Justin tossiu tentando disfarçar o nervosismo- Pode falar doutor...

-Como você sabia, a doença dela não tinha mais cura ...-O medico respirou fundo- Eu lamento muito, mas fizemos o possível por ela.-Justin fechou os olhos e levou a mão a cabeça

-Oh Deus! NÃO !

-Por favor se acalme. -O medico insistiu

-Mas porque? Porque tão já?

-Ela estava com a resistência muito baixa, ela desmaiou de febre muito alta...a quanto tempo ela estava gripada?

-Gripada? Ela não estava gripada.

-Sim,estava.

-Ela não me falou, ela nunca falava o que sentia.

-Se ela tivesse cuidado da gripe, não teria afetado mais a doença ...mas isso iria acontecer de qualquer forma.-Justin se sentou arrasado- Acalme ele e o leve para casa, ligaremos para outra pessoa da familia -O medico disse a mim.

-Mas ele é a unica familia que ela tinha.-O olhei de relance

-Mesmo assim.Leve-o para casa ligaremos depois para ele então para resolver tudo.

-Obrigada.-O medico se retirou e eu fui até Bieber.-Justin....Justin olha para mim ...-Ele estava com os olhos cheios de lagrimas e seu rosto molhado pelas que já haviam escorrido.

-Ela não merecia...

-Eu sei.

-Ele era tão doce, tão viva.

-Medico pedio para você ir para casa, disse que ligaram depois para resolver tudo.-Falava calmamente com as mãos nas pernas dele

-Escuta, Boneca -Ele colocou a mão no meu rosto- Você é tudo que eu tenho agora, não vou te deixar partir nem que queira.

Meninas desculpa a demora. Eu ia postar mais cedo, mas achei que estava uma merda reescrevi tudo espero que agora esteja bom e que tenham gostado.
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